Corre como se evitasse
o encontro consigo mesmo.
Foge como se pudesse
esquivar-se dos seus medos.
Evita parar,
evita pensar,
evita sonhar.
Trava batalhas tentando engavetar
num canto obscuro da mente,
pensamentos que teimam orbitar
no espaço de um suspiro,
no suspiro espaçado da dor.
Medos, desejos, anseios, utopias...
Plainam, tal revoadas de andorinhas
soltos e ordinários. Devaneios
que surgem quando o entardecer
vem sugando o clarão do dia.
Do riso débil fica resquício,
sonhos inacabados, valsando
entre os contratos vitalícios,
buscando no peito vazio
sobras da chama que teima
alimentar o fogo que 'inda arde,
esperança tardia de um amor
noturno, que insiste em vibrar,
apesar da noite alta.
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