ABANDONA TEU CORPO NO MEU
Solta teu corpo no abandono
no abraço dos meus braços vazios,
deita no espaço do meu colo,
se fundem e se confunde em mim,
num desejo infinito de pertencer.
Singra meus rios no leito,
na fonte, vertente de mim.
Apaga os resíduos de ontem,
restos, descasos de casos
passados sem cor, só dor.
A noite vem cobrindo mansa,
entrando, sombreando a casa
Se tu vieres e ocupar teu lugar
o lume de ti há de iluminar
os cantos sombrios que ficam
quando a noite teima em entrar
no quarto, no peito, na vida,
Vem em tempo de iluminar
os cantos deste meu recanto.
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