Rumino s minhas mazelas,
busco alforria da dor.
Sinto-me tola, atolada,
presa em armadilhas
que eu mesma criei.
Qual ave sob alçapão,
se debate aflito em mim
um coração, agitado no peito,
refém da própria emoção.
Na busca do porto seguro,
optei pelo corpo seguro.
Preciso aportar, sobreviver
à angustia de querer.
a busca insana, infundada.
Perdi minhas coordenadas
vagando em círculos eternos.
Delírio e verdade se fundiram
e me confundiram. Voei e me perdi.
Vivi náufrago de meu próprio sentir.
De amarras solta a vida conduz
meu destino, o de alguém comum,
amores possíveis, dores previsíveis.
Um sábado para sair, um domingo
para dormir e poucas desgraças,
depois da utopia, isto me basta.
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