Procura a menina seu por amigo, em vão,
A busca pelos cantos da casa, se faz inútil
Cruel amigo, se fora sorrateiro, sem nenhuma explicação.
Lançastes a menina ao relento,
em densas nuvens de inquietação:
_Haveria feito algo errado com amigo tão estimado?
_Não era forte o nosso laço? E os momentos de enlevo e contemplação?
Tantas dúvidas dilaceravam aquele peito já castigado.
O tal laço, frouxo, nem tocara o coração do amigo amado,
Já para a pobre era quase algema, gaiola ou mesmo prisão.
E o tempo foi passando, mas a saudade não!
Suspirava a menina solitária, sentada sob a soleira,
Na varanda escondida sob o véu da escuridão.
Face úmida, olhos marejados, lágrimas como areia.
Sonha baixinho com volta de um amigo,
bate seu coração resoluto:
_Se não voltar o que fora, outro me há de vir.
A menina engole o choro...A escuridão engole a menina.
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